Na quinta-feira, dia 14 de julho, fui passar o dia na Escola Professor Mourão Filho, também no Complexo do Alemão, no RJ.
Como as aulas já estavam por terminar e as celebrações da festa junina estavam a todo vapor, a Diretora pediu que misturassem turmas e assim, acomodamos, no auditório, cerca de 80 crianças pela manhã, e outras 80 de tarde. Como tinham crianças menores, das séries iniciais, fui menos lendo e mais contando/dramatizando a história projetada no datashow.
Com cada grupo a reação e os pontos de destaque são diferentes... o que muito me enriquece como autora. Os da manhã, com mais crianças menores, faziam rápidas associações de ideia, principalmente durante a narração – viam a foto da menina carregando um bebê e logo começavam: Eu também cuido da minha sobrinha; E minha mãe teve um bebê...; E minha cachorra também teve um monte de bebês! E assim ia, de ponto em ponto, novos nós sendo atados a partir da história narrada: Eu já comi dendê; Eu quase morri uma vez com tanta pimenta na comida; Eu aguento pimenta forte; Minha avó gosta de pimenta; Meu tio é da Bahia; Minha mãe já foi na Bahia; Meu vô... meu vô veio da África!
O grupo da tarde tinha mais crianças maiores, e assim, as intervenções ao longo do processo são menores. Mas ao final, estavam interessados em saber, sobretudo, sobre o próprio processo de escrever: É difícil? Como você consegue escrever tanto?; Você tem outros livros?; A história é de verdade?; Vocês vão fazer outro livro das Cartas?...
Saí mais uma vez feliz e, ainda por cima, com dois lindos vasinhos de violeta!