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10/05/2012

Eu, tu, eles... Todos nós ouvimos e contamos histórias! Cartas entre Marias também esteve em Dois Irmãos do Tocantins.

As viagens não param... e comigo, o livro CARTAS ENTRE MARIAS vai chegando em recantos distantes desse país. Desta vez, foi numa escola do campo, dentro de um assentamento rural tocantinense, que reunimos 35 crianças de 6 a 14 anos, e cerca de 15 adultos, entre pais, mães e educadoras.

A dinâmica foi mostrar cada figura e estabelecer uma narrativa a partir dela – e assim muitas histórias foram se entrecruzando, envolvendo minhas viagens pelo Projeto de Consultoria que estou desenvolvendo para o MEC através da UNESCO (leia sobre ele no Repensando Escolas); as histórias das personagens do livro; características da Guiné-Bissau e, sobretudo, as experiências peculiares daquelas crianças ali presentes que, animadamente, falavam e perguntavam.
O momento de desenhar/escrever proposto em seguida também envolveu a tod@s! =)

No caso de Dois Irmãos do Tocantins, optei por doar o livro ao município, nas mãos de Marisa da Glória, coordenadora do Programa Escola Ativa. Assim ele pode melhor circular pelas 9 escolas rurais da região.

07/05/2012

“Afinal, qual é o segredo?” – Cartas entre Marias em Petrolândia, PE

Ainda no meu périplo Brasil afora (leia mais sobre isso em Repensando Escolas), nos dias 23 e 24 de abril fui propor uma atividade para as crianças das 3 turmas de 4º ano da EM José Araújo da Silva, em Petrolândia, no sertão pernambucano, às margens do Velho Chico.
Como sempre, cada turma reagiu de uma forma diferente à proposta. Se em uma delas a narrativa foi permanentemente interrompida por um animado e envolvido grupo de meninos, meninas e professora (!), todos ávidos por partilhar suas próprias experiências a partir de associações de ideias com o que eu estava lendo/ contando, em outra turma, o que intrigou mais foi o “segredo”.
Eu havia lido as duas primeiras cartas e é justamente na segunda delas que a personagem Cris menciona à Naná o “segredo”, prometendo comentar sobre ele mais adiante. Pronto! “Afinal, qual é o segredo?” – indagou-me uma menina, fitando-me séria, diretamente nos olhos. “Você deve ler o livro todo com calma para descobrir”, respondi eu, tranquilizando-a de que aquele exemplar ficaria de presente para a escola e ela poderia acessá-lo.
Na medida em que acabavam de fazer as cartas, sentaram-se em volta do livro em busca da resposta – afinal, qual seria o segredo?!
Segredos estão sempre no final. Pula logo para a última página!” – sugeriu um mais afoito. Mas não estava.
Ah! Eu vi que ela fechou o livro bem na página que tinha o segredo para poder esconder da gente...” – arriscou outra.
E, juntos, passavam página por página, lentamente, na tentativa de ela reconhecer a imagem que eu supostamente escondera.
Achamos!!” – gritaram animados! “É a mulher de peito de fora!!!”. Diante de minha negação, continuavam tentando adivinhar. Por mais que eu sugerisse que lessem com calma o texto, o desejo de desvendar o segredo como piratas atrás do mapa do tesouro parecia bem mais forte. É também verdade que as lindas imagens do livro são muito convidativas, colaborando com o método criado por eles para decifrar o enigma.
Já me despedia da turma quando um dos meninos me chama e pergunta: “Por que ele está escrito entre aspas aqui?!”
É... Como canta Bia Bedran: “A vida tem segredos, que segredos têm a vida? Vou lhe contar um segredo – vem cá!”. =))

03/05/2012

Espreitando a história pela frestinha da porta: a narração do CARTAS em Lajeado, RS

Ainda por conta da consultoria que estou prestando ao MEC através da UNESCO (saiba mais em Repensando Escolas), fui visitar dias 16 e 17 de abril a rede pública municipal de Lajeado, no RS – município eleito entre os demais da região sul.
O planejado era contar parte do livro CARTAS ENTRE MARIAS para as turmas de 4º ano da Escola Municipal Guido Arnold Lermen,

... e propor que as crianças escrevessem cartas – fossem estas dirigidas às autoras, às personagens, ou ainda para qualquer pessoa que desejassem.

A sala era ampla e uma de suas paredes era totalmente ocupada por um grande portal separando o espaço de outra sala.
Enquanto eu desenvolvia a proposta com a turma da manhã, vários rostos se espremiam e diversos olhos me espreitavam através das frestinhas do portal divisório...
Quem eram? Meninos e meninas do 5º ano, que cotidianamente costumam trabalhar juntos com as crianças do 4º ano. Claro que esta questão foi resolvida no turno da tarde: abre-te Sésamo! E com o portal aberto, as duas salas se constituíram em um grande salão, e meninos e meninas do 4º e 5º anos ouviram, participaram e em seguida produziram suas cartas!





A animação foi tanta que até professoras e equipe pedagógica também escreveram cartas... =)
É... fiquei devendo essa ao 5º ano da manhã... Quem sabe seja um bom motivo para voltar à Lajeado?

01/11/2011

SAVE THE DATES!! =)

VENHA CELEBRAR COM SEUS FAMILIARES E AMIGOS O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA!

- Exposição de fotos do livro;
- Bate papo com as autoras;
- Autógrafos e venda de livros.

EM SÃO JOSÉ, no Museu Histórico Municipal de São José (Rua Gaspar Neves, 3175 - Centro Histórico de São José)

Exposição de fotos e venda de livros de 12 a 18 de novembro; bate papo conosco e sessão de autógrafos dia 18, 6f, às 18h.

NA ILHA DE FLORIANÓPOLIS, na Barca dos Livros (Rua Senador Ivo D'Aquino, 103 - lagoa da Conceição)

 Exposição de fotos e venda de livros de 1 a 30 de novembro; bate papo conosco e sessão de autógrafos dia 19, sábado, às 18h.



15/08/2011

REPETECO NAS CARTAS!!

O livro “Cartas entre Marias: uma viagem à Guiné-Bissau” fez sucesso na Escola Faria Brito/Oficina da Criança, no condomínio Santa Mônica, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Ano passado, Vy e eu fomos lá e conversamos com um grupo de meninos e meninas. Esse ano, repeti a dose, infelizmente sem a presença da Virgínia, que não estava no Brasil (Êta fotógrafa viajadeira! :]).
Era o primeiro dia de aula e a excitação reinava entre as crianças da T.301, da Professora Adriana. A ideia era provocar a curiosidade e o desejo pela leitura do livro que a Escola adotou.


A professora já tinha, anteriormente, aguçado a imaginação do grupo: quantos anos teriam as personagens? O que iria acontecer na história? Entre outras... E assim, depois que eu cheguei, falei da viagem da Virgínia à Guiné Bissau, de nossa parceria para a elaboração do livro, do processo editorial... As meninas e meninos foram muito acolhedores e participativos!

Ao final do bate papo, muitas fotos, venda de livros, autógrafos e promessas mútuas de trocas de emails!
No período da tarde, fui recebida na turma da Professora Tatiana. O mesmo interesse foi despertado nesse grupo que, não só ouvia atenta e curiosamente o que eu tinha a dizer...

... mas como também tinha muito a me contar!
O plano futuro é incentivar a troca entre as crianças desta escola e de outras – dentro e fora do país! Toma que dê certo!
Sucesso, gente! E até o ano que vem! =)

20/07/2011

Narrando as Cartas para meninos e meninas da Escola Professor Mourão Filho, no RJ

Na quinta-feira, dia 14 de julho, fui passar o dia na Escola Professor Mourão Filho, também no Complexo do Alemão, no RJ.

Como as aulas já estavam por terminar e as celebrações da festa junina estavam a todo vapor, a Diretora pediu que misturassem turmas e assim, acomodamos, no auditório, cerca de 80 crianças pela manhã, e outras 80 de tarde. Como tinham crianças menores, das séries iniciais, fui menos lendo e mais contando/dramatizando a história projetada no datashow.
Com cada grupo a reação e os pontos de destaque são diferentes... o que muito me enriquece como autora. Os da manhã, com mais crianças menores, faziam rápidas associações de ideia, principalmente durante a narração – viam a foto da menina carregando um bebê e logo começavam: Eu também cuido da minha sobrinha; E minha mãe teve um bebê...; E minha cachorra também teve um monte de bebês! E assim ia, de ponto em ponto, novos nós sendo atados a partir da história narrada: Eu já comi dendê; Eu quase morri uma vez com tanta pimenta na comida; Eu aguento pimenta forte; Minha avó gosta de pimenta; Meu tio é da Bahia; Minha mãe já foi na Bahia; Meu vô... meu vô veio da África!
 


O grupo da tarde tinha mais crianças maiores, e assim, as intervenções ao longo do processo são menores. Mas ao final, estavam interessados em saber, sobretudo, sobre o próprio processo de escrever: É difícil? Como você consegue escrever tanto?; Você tem outros livros?; A história é de verdade?; Vocês vão fazer outro livro das Cartas?...
 
Saí mais uma vez feliz e, ainda por cima, com dois lindos vasinhos de violeta!

Revisitando a Escola Affonso Várzea, no RJ

A manhã tinha sido animada na Escola Rubens Berardo. Bem pertinho dela estava a já conhecida Escola Affonso Várzea, onde Virgínia e eu contamos a história do “Cartas entre Marias” no ano passado.
Dessa vez eu estava só, diante de cerca de 130 meninos e meninas de turmas variadas, sentadas no auditório. Poucos tinham conhecido o livro no ano passado; mas a esmagadora maioria ainda não tinha tido acesso a ele. Assim, a opção foi por ler a história, projetando-a pelo datashow. A professora da sala de leitura estava bem animada!
 

 

 

Cada frase ou imagem suscitava reações e participações interessantes por parte das crianças – durante e depois da história: eu vou na Lan House usar o email; Eu escrevo cartas para minha avó, que mora na Paraíba; Minha tia mora em Florianópolis também; Eu já vi um jipe; Elas estão tirando água do poço?; Olha os peitos da mulher!; Lá tem jacaré? E a Anaconda??; Elas comem com a mão... e bebem como?; Se ficam doente, como compram os remédios?; Se chove, como vão estudar?; Na aldeia tem escola?; O bebê não cai?!; Eu também tomo conta do meu irmãozinho; Eu também ajudo em casa; etc.
Engraçado era ver a alegria dos que já conheciam a história em serem cúmplices do “segredo” e não adiantarem o final para os demais... =)
Também os materiais da Pinacoteca do Estado de São Paulo e da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis foram entregues e serão bem utilizados! E também ali ficou combinado que termos a participação das crianças na versão final do próximo livro... Aguardem!

Conversando sobre as Cartas entre crianças da Escola Municipal Rubens Berardo, no RJ

Era dia 12 de julho, terça-feira de sol no Rio de Janeiro. Bruno Lopes, do CIEDS, marcou de me encontrar no metrô de Botafogo para seguirmos viagem juntos até o Complexo do Alemão. Infelizmente Virgínia não pode ir, pois estava fotografando fora do país. Comigo estava a amiga Marcia Strazzacappa, atriz, dançarina e pesquisadora da Faculdade de Educação da UNICAMP. No RJ para apresentação de um trabalho num seminário acadêmico, Marcia não resistiu à oportunidade de ir conosco para esse evento – nada acadêmico! – mas extremamente rico e pulsante: um encontro com cerca de 80 crianças de duas turmas de 5º. ano do Ensino Fundamental, alunas e alunos da Escola Municipal Rubens Berardo.
A escola tinha dois exemplares do livro – um doado pela editora, ano passado, às cinco escolas que na época pertenciam ao Projeto Bairro Educador; e outro recebido da Prefeitura, que adquiriu mil exemplares em 2010. As duas turmas tinham lido o livro e feito atividades a partir dele: basicamente desenhos e histórias do país em questão – a Guiné Bissau.
 

 

A equipe nos acolheu com muito carinho e atenção. Logo na chegada entreguei à Diretora um pacote de pranchas e outros materiais de arte que foram doados pela Pinacoteca do Estado de São Paulo; e também um pacote com três DVDs com curtas infantis selecionados nos dez anos da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, igualmente doados para essa escola.
Oportunizar que as crianças tenham acesso a materiais de qualidade – no caso, imagens e textos sobre Artes Visuais, e imagens cinematográficas – é fundamental! Virgínia e eu ficamos muito agradecidas por podermos ter intermediado essas doações...    
Nos reunimos na sala de informática. As crianças e adultos estavam atentos e participativos. Como já conheciam o livro, falei um pouco da trajetória da Virgínia, da minha, de como nos conhecemos, do processo de elaboração do livro.

 

 

Ficaram empolgados de saber que outras crianças tinham tido acesso ao livro ainda em sua versão preliminar e tinham podido opinar! Já ficou firmado que o próximo, já em andamento – Cartas entre Marias: uma viagem à Amazônia – será ali também debatido antes de ser editado! A Escola Rubens Berardo centra seu projeto pedagógico em cima da do slogan “uma escola de leitores”... e tem se esforçado muito para fazer jus a isso.
Meninos e meninas fizeram perguntas e comentários muito interessantes. Quiseram saber do “segredo” e ficaram alvoroçados de saber que eu realmente conheci meu marido quando tinha 9 anos de idade... =); um dos meninos destacou como ponto alto da história a passagem que fala que a morte de um idoso corresponderia à queima de uma biblioteca. A idade das personagens também foi motivo de curiosidade, e a pergunta suscitou outra: quantos anos elas têm hoje? Muito interessante perceber o envolvimento de tod@s e a permeabilidade que a literatura possibilita na fronteira fantasia / realidade...
Recebi, ainda, lindas (e deliciosas!) rosas vermelhas com chocolate dentro! Humm... 
Beijos, abraços e promessas de que escreveriam para as “Marias” marcaram nossa despedida.